Segundo pesquisadores, essas informações podem ajudar no diagnóstico de políticas para melhorar a qualidade do ensino básico.
“Parte da explicação para o baixo aprendizado dos alunos no Brasil tem a ver com a sobrecarga de trabalho dos professores”, diz Menezes.

Para especialistas, problemas de gestão nas escolas são a principal fonte de excesso de trabalho no magistério.
“A sobrecarga se deve ao número alto de alunos em turmas, e às más condições de trabalho em várias escolas”, diz a pedagoga Bertha Valle, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

A pesquisadora Paula Louzano, da USP, afirma que os dados do MEC são importantes porque indicam que talvez não seja tão difícil fixar o professor em uma escola.
Mas ressalta que as estatísticas não revelam se os docentes têm outras fontes de renda ou trabalho.
A remuneração relativamente mais baixa no magistério é citada como uma das explicações para a preponderância de docentes do sexo feminino na profissão.

Segundo Louzano, esse predomínio se repete em outros países, mas, no Brasil, é fortalecida “pelo fato de a docência ser uma profissão de jornada parcial e com baixo reconhecimento social”.

A questão salarial também explica a procura maior pelo magistério entre estudantes de renda mais baixa.
A fatia mais significativa de concluintes de cursos de pedagogia e licenciatura, próxima a 30% do total na maioria dos casos, vinha de famílias com renda entre 1,5 e 3 salários mínimos em 2012.

Essa tendência é bem diferente em carreiras como engenharia civil e arquitetura, em que a parcela maior dos formandos (29% do total) tinha renda familiar entre dez e 30 salários mínimos, segundo o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de 2011.



Editoria de Arte/Folhapress
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As informações que postamos no blog foram divulgados pelo MEC, e não nos causaram nenhum estranhamento. 

Mas os dados por sua importância, precisam ser amplamente socializados com vista à construção e a efetivação de políticas públicas para qualificação da educação básica. 

Neste momento, urge mais do que nunca a superação de algumas questões na área da educação, pois as estatísticas levantadas nos envergonham imensamente como: a condições péssimas de trabalho dos professores, o número alto de alunos por turma, a baixa remuneração e valorização dos educadores, o alto número de alunos reprovados e evadidos a cada ano e o número de analfabetos em nosso país. 

Só para lembrarmos somos considerados pelo FMI a 6º/ 7º maior economia do mundo. 

Porcentagem de analfabetos - 2010: 

Brasil: 9,6% 

Colômbia: 5,9% 

Paraguai: 4,7% 

Argentina: 2,4% 

Uruguai: 1,7%