terça-feira, 23 de julho de 2013

Aeromovel é desenvolvido no Brasil e usa tecnologia 100% nacional.


Imaginem uma pessoa ficar 53 anos na expectativa de realizar um sonho. Foi o caso do engenheiro Oskar Coester, que esperou por tanto tempo, sem desistir de ver implementada a sua invenção tecnológica em seu país.
Conheci o aeromovel entre 1995 e 1998, quando trabalhei na Escola Porto Alegre, que ainda hoje, localiza-se quase embaixo da linha teste do veículo. Era muito interessante observar os testes, hoje fico alegre em presenciar a conclusão e a concretização deste projeto totalmente nacional, envolvendo na cadeia de produção 59 empresas brasileiras.

Trechos retirado do site:
http://www.trensurb.gov.br/paginas/paginas_noticias_detalhes.php?codigo_sitemap=3761


                                                                                          
Foto: Kauê P. Menezes/Trensurb

Um meio de transporte sem condutores, em via elevada, com baixo impacto ambiental e que irá qualificar a mobilidade urbana em Porto Alegre e Região Metropolitana. 
Esse é o Aeromovel, que utiliza veículos leves movidos através de propulsão pneumática – o ar é soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética, por meio de um duto localizado dentro da via. O vento empurra uma aleta (semelhante a uma vela de barco) fixada por uma haste ao veículo, que se movimenta sobre rodas de aço em trilhos.

O conceito da tecnologia foi criado pelo empresário gaúcho Oskar Coester, na década de 1960. Apesar de ter uma linha teste em Porto Alegre, o sistema operava comercialmente somente na Indonésia, desde 1989. Porém, em agosto de 2010, foi firmado contrato entre Trensurb e Aeromovel Brasil S.A. para a implantação da primeira linha comercial da tecnologia no país. O Aeromovel interligará a Estação Aeroporto da Trensurb ao Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho num trajeto de 814 metros que será percorrido em dois minutos.

O projeto já está em fase final de conclusão. Por ser totalmente desenvolvido no Brasil e usar tecnologia 100% nacional, o Aeromovel tem movimentado a indústria e o mercado profissional do país. Durante estes quase três anos de obras, 59 empresas e 1.058 pessoas empenharam-se para que sua construção se concretizasse.

A oportunidade de fazer parte de um projeto inovador

A arquiteta Caroline Souza, 30 anos, participou da elaboração do projeto arquitetônico das estações e da via elevada, feito pela equipe da Obino Souza Pinto Arquitetura e Urbanismo (OSPA). O escritório de arquitetura foi montado quando Caroline e alguns colegas ainda eram estudantes. Ela conta que o trabalho envolveu diretamente cinco profissionais e foi realizado em seis meses. “Foi uma experiência muito interessante para todos nós. Por se tratar de uma tecnologia diferenciada, moderna e gaúcha, tanto a via quanto as estações precisavam refletir o conceito da tecnologia”, explica. O projeto das estações foi baseado no conceito criado pelo arquiteto Ado Azevedo. A partir da ideia dele, foram analisados os condicionantes legais, elaborado o projeto legal, o executivo e a compatibilização de todos os planos complementares.

Além da via e estações, outro componente é essencial para a implantação do Aeromovel: o veículo. A empresa responsável pela fabricação do A100 e A200, os veículos que circularão entre a Estação Aeroporto da Trensurb e o Aeroporto Salgado Filho, é a T’Trans Sistemas de Transportes S.A., que desde 1997 atua no segmento metroferroviário. Estiveram envolvidas no processo de fabricação dos veículos 237 pessoas. O diretor adjunto da área industrial da empresa carioca, Fernando Orsi, 50 anos, observa a inovação que o Aeromovel trouxe usando materiais compostos, como a fibra de vidro, na fabricação dos veículos. Para atender essa demanda, ele esclarece que foi criada uma infraestrutura prévia na T’Trans para a produção dos materiais. “Sempre estive envolvido em grandes projetos, mas nunca em um tão inovador e de baixo custo como este. 
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O Aeromovel
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Dados gerais
Extensão: 814 metros de trajeto em via elevada (total de 1.010 metros de trilhos, considerando-se terminais de manobra e de manutenção).
Terminais: dois (um na Estação Aeroporto da Trensurb, outro no Terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho).
Veículos: dois (um com capacidade para 150 passageiros e outro para 300).
Tempo estimado do percurso total: 90 segundos.
Investimento estimado: R$ 37,8 milhões. Recursos do Governo Federal.
Prazo estimado para conclusão: segundo semestre de 2013.
Demanda prevista do sistema: 7,7 mil passageiros por dia.
Execução das obras: Aeromovel Brasil S.A. (pacote tecnológico), Premold S.A. (via elevada), T'Trans (veículos) e Rumo Engenharia Ltda. (estações)

Principais benefícios

Economia
Integração metrô-Aeromovel gratuita para os usuários;
Tecnologia de construção e operação 100% nacional;
Baixo custo de energia.

Segurança
Veículos totalmente automatizados, sem condutores a bordo;
Sistema de propulsão a ar movido por ventiladores elétricos.

Conforto
Sistema de freio pneumático de alta confiabilidade, mais conforto no deslocamento;
Veículos silenciosos, sem ruído de motores e com design moderno;
Acessibilidade universal, com espaço para cadeirantes e idosos;
Qualidade no transporte ao aeroporto para quem está na Região Metropolitana;
Melhoria da infraestrutura de transporte para acesso ao aeroporto e para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Rapidez
Ligação direta da Estação Aeroporto ao Aeroporto Salgado Filho;
Apenas duas estações de embarque com alta frequência de serviço;
Evita perda de tempo em filas e engarrafamentos.

Meio ambiente
Tecnologia "limpa", com motores elétricos e sem a emissão de poluentes gasosos;
Estruturas elevadas e menos espessas, com design moderno e sem poluição visual;
Motores dispostos em casas de máquinas acusticamente isoladas, evitando poluição sonora;
Projeto com total atendimento às legislações ambientais vigentes.

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