terça-feira, 11 de junho de 2013

Segundo Polo aeroespacial do País poderá ser no RS



O Governo do Rio Grande do Sul, estrategicamente vislumbra a possibilidade de fomentar a pesquisa e a tecnologia em empresas nacionais dos setores aeroespacial, tornando o Estado fornecedor de insumos técnicos para a construção de satélites. 



Sabemos que em janeiro de 2015 o Brasil lançará o seu primeiro satélite, para comunicação e defesa, de tecnologia estrangeira.


Segundo Polo aeroespacial do País poderá ser no Rio Grande do Sul.



Retirado do site do Jornal VS em 07/06/2013:


http://www.jornalvs.com.br/estado/456835/estado-cria-comissao-para-avancar-no-polo-aeroespacial.html


Estado cria comissão para avançar no polo aeroespacia
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Palácio Piratini fará seminário técnico sobre o tema em até 45 dias

Porto Alegre - As bases para criação no Rio Grande do Sul do segundo polo aeroespacial do País começam a se tornar mais sólidas. Hoje, em reunião no Palácio Piratini, o governador Tarso Genro recebeu representações do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Agência Espacial Brasileira (AEB), Telebrás, empresas privadas e do setor acadêmico, onde formalizou o interesse em gestar a iniciativa, tendo como referência a vontade política do Palácio Piratini e a malha tecnológica e industrial gaúcha. Nas duas horas de encontro, que também selou a primeira reunião de comissão especial para execução do programa de criação do polo, conforme protocolo de intenções assinado em Israel em maio deste ano, Tarso ouviu sugestões e recomendações e teve uma ideia do cenário proposto pelo governo federal para os próximos anos no setor, que prevê investimentos de 9 bilhões de reais na aquisição de 16 satélites, 15 deles já com aporte de tecnologia nacional.

“Está feita a amarração institucional e agora nos cabe trabalhar para avançar na proposição do Polo”, enfatizou o governador. Participando da reunião, o presidente da Telecomunicações Brasileiras (Telebras), Caio Bonilha, foi enfático em elogiar a intenção do Estado em propor a iniciativa. “A possibilidade desse polo é real e vemos com muito bons olhos à vontade politica e a expertise gaúcha”, pontuou ele. Já o secretário de Ciência e Tecnologia, Cleber Prodanov, exaltou o momento como singular. "Com esta primeira reunião da Comissão Especial instaurarmos uma oportunidade estratégica para o Rio Grande do Sul à longo prazo", destacou.

Uso da tecnologia dependerá das empresas


Conforme o presidente da Telebras, Caio Bonilha, os tipos de componentes que a indústria da tecnologia gaúcha poderá fornecer aos satélites brasileiros dependerá exclusivamente do material ofertado pelas empresas. “Precisamos saber o que elas têm e a partir desse conhecimento avaliar as tecnologias”, assinalou. Sem revelar o quanto de tecnologia nacional será alocada nos equipamentos, destacou que até janeiro de 2015 o Brasil lança o seu primeiro satélite, para comunicação e defesa. Adquirido ao custo de 16 bilhões de reais, terá 100% de tecnologia estrangeira. Para 2017, data prevista para o lançamento do segundo, tecnologia nacional já estará sendo empregada, tornando essencial que a corrida gaúcha pela implantação do polo aeroespacial seja antecipada e definida no menor tempo possível.

Investimentos milionários

Publicado no último dia 20 de maio pelo governo federal, o edital do Plano Inova Aerodefesa fomenta a inovação tecnológica, pesquisa e desenvolvimento em empresas nacionais dos setores aeroespacial e aeronáutico; de defesa; e de segurança pública, com o aporte de 2,9 bilhões de reais. O montante se soma ao investimento de R$ 9 bilhões a ser feito nos próximos dez anos pela MCT e AEB na aquisição 16 satélites. Somente em 2012, o Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) investiu R$ 554,5 milhões no setor. Neste ano, a previsão é de 1 bilhão de reais. Para buscar uma parte dessa fatia gorda em um mercado diferenciado, o Rio Grande do Sul quer ser um fornecedor de insumos e técnicos para a construção dos satélites - que precisam ter, obrigatoriamente, uma parte oriunda de empresas nacionais. Hoje, o país já possui um polo, em São José dos Campos (SP), e uma política estratégica na área, através do programa espacial brasileiro, com atividades desde a década de 60. Em 1994, foi criada a Agência Espacial Brasileira, que coordena todas as atividades do setor no Brasil.

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